A TETRALOGIA
DE FALLOT popularmente conhecida como Síndrome do bebê azul, defeito congênito
cardíaco.
A Tetralogia de Fallot representa cerca de 5% de todas as
cardiopatias congênitas, afetando 1 em cada 2400 nados vivos (Hoffman, 2002). O
diagnóstico inclui o defeito do septo interventricular (IV), cavalgamento da
aorta sobre o septo IV, hipertrofia do ventrículo direito (VD) e obstrução da
câmara de saída do VD, com origem valvular, sub ou supravalvular ou nos ramos
das artérias pulmonares.
O funcionamento adequado
da circulação tem como objetivo, suprir as necessidades dos tecidos corporais,
ou seja, transporte de nutrientes, eliminação de produtos do metabolismo,
transporte de hormônios e principalmente distribuição do oxigênio. Dessa maneira
para o seu bom funcionamento é necessário que a circulação sistêmica e
circulação pulmonar mandem, respectivamente, sangue oxigenado para o corpo através
da válvula aórtica e sangue venoso para os pulmões através da válvula pulmonar.
Sendo assim, é válido salientar que a Tetralogia de Fallot o
coração possui sua anatomia alterada apresentando comunicação anormal entre os ventrículos
e impedimento do fluxo adequado pela válvula pulmonar, a qual se mantém
estreitada ou totalmente fechada. Além disso, o fluxo sanguíneo apresenta comprometimento,
pois o sangue que chega do ventrículo direito (sangue venoso) ao invés de ir
para a artéria pulmonar e seguir em direção aos pulmões para posterior
oxigenação vai em direção do ventrículo esquerdo através do canal intraventricular
(CIV) e segue em direção a aorta que distribui sangue misturado venoso e
arterial para todos os tecidos corporais o que caracteriza a cianose do bebê.
Portanto, essas alterações anatômicas e consequentemente do
fluxo sanguíneo caracterizam o quadro clínico (cianose, presença de sopros, dispneia
e fadiga) e reduzem a expectativa média de vida para 3 ou 4 anos, entretanto o
tratamento para a abertura da estenose
pulmonar, fechamento do defeito (CIV) e reconstrução da via de fluxo na aorta
oferece a correção total do problema e qualidade de vida.
Por Jéssica Cordeiro, aluna Medicina UNINASSAU.
Referências
http://brunorocha.com.br/portal/wp-content/uploads/2010/08/im211.jpg
Hoffman JI, Kaplan S. The incidence of congenital heart
disease. J Am Coll Cardiol, 2002
Jun 19;39(12):1890-900.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia
Médica. 11ª ed.
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