A contração da
musculatura cardíaca é essencial para que o coração desempenhe sua função de
bombear o sangue para todo o corpo e esse mecanismo de contração é dependente
da despolarização ordenada das células musculares cardíacas. Essa despolarização
se dá, após um estimulo elétrico, através da entrada de íons de cargas
positivas que estão no meio extracelular, que entram modificando a carga
interna da membrana celular. Portanto essa ativação elétrica deve ser ordenada
e se dá pela propagação de potenciais de ação despolarizantes através das
estruturas anatômicas deste órgão.
Para que o coração
não necessite de um estímulo externo para contrair é necessário que suas células
sejam autoexcitáveis, mas é necessário que ocorra excitação de forma ordenada. Portanto
o batimento cardíaco tem início no nodo sino-atrial (SA), conhecido como
marcapasso, com um potencial de ação gerado de maneira espontânea. Esse
potencial de ação se dissemina por todo o átrio direito, e chega ao átrio
esquerdo, levando à contração do miocárdio atrial. Em seguida, essa onda de ativação
chega para uma área de conexão elétrica existente entre átrios e ventrículos, o
nodo atrioventricular (AV). Após isso atinge o feixe de His e passa por ele até
chegar às fibras de Purkinge e através dessas fibras, que se assemelham a galhos
de uma árvore, a onda de despolarização é distribuída a todo o miocárdio dos
ventrículos direito e esquerdo, determinando a contração ventricular.
Como todos os momentos desse ciclo são impulsos elétricos, eles podem ser mensurados num eletrocardiograma, um exame feito para analisar a função cardíaca. Cada onda P corresponde a estimulação dos átrios, em seguida o complexo QRS corresponde a despolarização dos ventrículos e a onda T corresponde a repolarização ventricular.
Como todos os momentos desse ciclo são impulsos elétricos, eles podem ser mensurados num eletrocardiograma, um exame feito para analisar a função cardíaca. Cada onda P corresponde a estimulação dos átrios, em seguida o complexo QRS corresponde a despolarização dos ventrículos e a onda T corresponde a repolarização ventricular.
Para entender
melhor sobre essa contração deixamos um vídeo para explicando a atividade elétrica do batimento
cardíaco.
Rafaella Cardoso Gonzalez, estudante de medicina da UNINASSAU
Referências Bibliográficas:
- Sociedade Brasileira de Cardiologia, Diretriz de interpretação de eletrocardiograma de repouso. Arq. Bras. de Cardiologia vol.80, 2003. < Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v80s2/a01v80s2.pdf> Acessado em: 27/03/2016
- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário