CUIDADO PRA NÃO PEGAR O TÉTANO

O tétano é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada pelo bacilo denominado Clostridium tetani, que produz uma neurotoxina denominada tetanopasmina, capaz de atingir o sistema nervoso central após entrar na corrente sanguínea, é comumente encontrado na natureza, sob a forma de esporo, nos seguintes meios: pele, trato intestinal dos animais, fezes, terra, reino vegetal, águas putrefatas, instrumentos perfuro cortantes enferrujados, poeira das ruas, entre outros. Dessa maneira, a contaminação acontece por inoculação do basilo através de ferimentos na pele em contato com locais contaminados.

Nesse momento, a tetanopasmina se une com os gangliosídios presentes nas membranas das terminações nervosas, que funcionam como receptores da toxina, gerando um ambiente ácido e ativando os canais iônicos da membrana, o que resulta principalmente na estimulação do retículo sarcoplasmático presentes nas miofibrilas para liberação do cálcio, o que desencadeia potenciais de ação em alta frequência e consequentemente as contrações sucessivas ficam tão rápidas que se somam e promovem contrações uniformes e contínuas.

   

É válido compreender ainda, que a toxina é transportada através dos axônios motores dentro de vesículas e ingressa no sistema nervoso central, atuando sobre os interneurônios inibitórios espinhais surgindo assim os primeiros sintomas de hipertonia muscular, a qual manifesta-se de forma generalizada, sendo os nervos curtos os primeiro a serem afetados, o que explica o envolvimento sequencial de cabeça, tronco e membros. 

Os principais sinais e sintomas do tétano são :

• Trismo: caracterizada pela contratura dos músculos da mastigação.
• Disfagia: relacionada à presença de engasgos ao deglutir.
• Hipertonia dos músculos faciais: levam a presença do riso sardônico.
• Dificuldade de deambular: causada pela hipertonia dos músculos inferiores.
• Comprometimento da musculatura cervical.
• Contratura dos músculos abdominais levando a dificuldades respiratórias.
• Febre devido à infecção pela bactéria.

Portanto, é imprescindível a prevenção através da vacinação, a qual está disponível no SUS, por meio da vacina pentavalende que deve ser administrada em crianças a partir do 2 meses de idade e posteriormente reforços de acordo com o aprazamento realizado por profissionais capacitados nos postos de saúde. Além disso, para os infectados o tratamento deverá combater o clostridium tetani no foco de infecção, neutralizar as toxinas ainda não fixadas nos receptores, controlar os sinais e sintomas através de sedativos e miorrelaxantes, imunização ativa dos enfermos e medidas de manutenção.

Por Jéssica Cordeiro, aluna de medicina Uninassau.

Referências:

GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. 08- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462010000300018&lang=pt

http://novo.saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%20da%20Crian%C3%A7a%20-%20PNI%20-%202016.pdf

http://www.medicinapratica.com.br/wp-content/uploads/2011/07/images4.jpeg

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