terça-feira, 8 de março de 2016

Ação hormonal do Tecido adiposo - Leptina.

          O tecido adiposo não funciona apenas como depósito de células gordurosas como se pensava, e sim como uma verdadeira glândula endócrina. Esse tecido produz muitos hormônios, dentre eles a leptina.

               A leptina é o produto do gene da obesidade (ob) que é expresso nos adipócitos. Estudos em roedores sugeriram que a leptina age como um fator de sinalização do tecido adiposo para o sistema nervoso central, regulando a ingestão alimentar e o gasto energético e, assim, fazendo a homeostase do peso corporal e mantendo constante a quantidade de gordura.
             O alvo principal do hormônio é o cérebro, particularmente uma área chamada hipotálamo, sendo que a sua função é a de informar ao cérebro que o corpo tem gordura armazenada suficiente e que, por isso, não precisa mais comer e pode queimar calorias em um ritmo normal. Por isso esse hormônio tem sido relacionado com a obesidade.


FONTE: http://www.uam.es/ss/Satellite/es/1234886344485/1242664646412/notcientifica/notCientific/La_leptina_en_la_infancia:_una_hormona_clave_para_el_desarrollo_de_enfermedades_metabolicas_en_la_ed.htm

          A leptina é também regulada por outros fatores que não a massa do tecido adiposo, nutricionais e hormonais. Assim, alterações agudas no balanço energético regulam a expressão da leptina e os correspondentes níveis circulantes. Assim, aumento na ingestão de hidrates de carbono induz uma elevação da leptina (secundária a hiperinsulinemia) em aproximadamente 40% nas primeiras 12 horas na ausência de alterações no peso corporal. Por outro lado, a ingestão isocalórica de gordura induz uma redução da leptina. O jejum prolongado induz uma queda na leptinemia em desproporção com as variações da massa de tecido adiposo.
             Em seres humanos obesos, quanto maior a quantidade de tecido adiposo, maiores os níveis de leptina circulantes.  Esse achado é paradoxal, já que níveis elevados de leptina deveriam diminuir o apetite e aumentar o gasto energético. Assim, de forma similar ao que ocorre em alguns indivíduos com diabetes mellitus, em que os níveis de insulina estão aumentados, é provável a ocorrência de um aumento da  resistência periférica à leptina em seres humanos com obesidade.
      Esse paradoxo tem sido explicado por numerosas mecanismos celulares. Um mecanismo plausível envolve um possível defeito no transporte da leptina através da barreira hematoencefálica. A menor expressão de receptores da leptina em indivíduos com obesidade associada à ingestão de dietas ricas em gorduras também pode ser uma explicação, enquanto um possível papel facilitador da obesidade, exercido pelos corticosteróides continua especulativo.

FONTE:https://www.google.com.br/search?=leptina&biw=1366&bih=623&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved

Juliana Lima, Aluna de Medicina da Uninassau.

Referências:
WAJCHENBERG, Bernardo Léo. Tecido adiposo como glândula endócrina. Arq Bras Endocrinol Metab,  São Paulo ,  v. 44, n. 1, p. 13-20, Feb.  2000 
http://comeceaemagrecer.com.br/leptina/
http://biobioobesidade.blogspot.com.br/2009/05/leptina-e-obesidade.html

http://www.uftm.edu.br/nutro/html/Leptina.html

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