A
nefropatia diabética é a doença renal que ocorre nos pacientes diabéticos, ela resulta
da longa exposição à glicemia elevada, associada ao mau controle da pressão
arterial, dos níveis do colesterol, do hábito de fumar e também de fatores genéticos.
Os pacientes hiperglicêmicos apresentam-se com grande volume urinário e aumento
de glicose na urina. Esta situação faz com que o rim trabalhe mais e acarreta,
como consequência, um aumento do tamanho renal. Também ocorrem lesões de
esclerose do glomérulo que, com o tempo, tornam-se difusas e aumentam a perda
de albumina (proteína) na urina.
Os
rins funcionam como filtros no corpo humano e tem a função de limpar o sangue
eliminando, pela urina, as substâncias provenientes do metabolismo que não tem
mais utilidade e, ao mesmo tempo, precisa manter outros elementos que não devem
ser descartados, como as proteínas. Uma das proteínas que circulam no sangue é
a albumina. Ela possui alto valor biológico e fornece todos os aminoácidos
essenciais para facilitar a recuperação do organismo.
Nefropatia
é quando ocorre lesão no néfron que é a unidade funcional do rim. Cada néfron
possui dois componentes principais: um glomérulo (capilares glomerulares), através
do qual grandes quantidades de líquidos são filtradas do sangue, e um longo túbulo
no qual o líquido filtrado é convertido em urina no seu trajeto até a pelve
renal.
O
sangue entra nos rins através da artéria renal, passam pelos glomérulos, onde
grandes quantidades de líquidos e solutos são
filtradas, dando início à formação da urina. O líquido filtrado dos capilares
glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e, a seguir, para o
túbulo proximal, situado no córtex renal. A partir do túbulo proximal, o
líquido flui para a alça de Henle, que mergulha na medula renal. Nesses
túbulos o filtrado é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos
de volta ao sangue ou pela secreção de outras substâncias dos capilares para os
túbulos. Para cada substância existente
no plasma, ocorre uma combinação particular de filtração, reabsorção e
secreção.
Todo paciente
diabético deve realizar um teste, ao menos anual, para checar a ocorrência de
perda de albumina na urina (microalbuminúria). O Diabetes é uma das
maiores causas de doença renal com necessidade de diálise. O diagnóstico da
doença não é complexo. O diabetes pode ser detectado por meio de testes simples
que pesquisam a presença de açúcar na urina ou que avaliam a quantidade desta
substância no sangue.
Juliana Baccaglini, estudante de medicina da UNINASSAU.
Referencias:
GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. 08- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed
http://www.scielo.br/pdf/abem/v47n3/16489.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000200002
http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-nefropatia-diabetica/
http://sbn.org.br/publico/doencas-comuns/diabetes-mellitus/
https://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/rim-e-diabete-melito
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