segunda-feira, 2 de maio de 2016

Nefropatia Diabética

      A nefropatia diabética é a doença renal que ocorre nos pacientes diabéticos, ela resulta da longa exposição à glicemia elevada, associada ao mau controle da pressão arterial, dos níveis do colesterol, do hábito de fumar e também de fatores genéticos. Os pacientes hiperglicêmicos apresentam-se com grande volume urinário e aumento de glicose na urina. Esta situação faz com que o rim trabalhe mais e acarreta, como consequência, um aumento do tamanho renal. Também ocorrem lesões de esclerose do glomérulo que, com o tempo, tornam-se difusas e aumentam a perda de albumina (proteína) na urina.

     Os rins funcionam como filtros no corpo humano e tem a função de limpar o sangue eliminando, pela urina, as substâncias provenientes do metabolismo que não tem mais utilidade e, ao mesmo tempo, precisa manter outros elementos que não devem ser descartados, como as proteínas. Uma das proteínas que circulam no sangue é a albumina. Ela possui alto valor biológico e fornece todos os aminoácidos essenciais para facilitar a recuperação do organismo.
     Nefropatia é quando ocorre lesão no néfron que é a unidade funcional do rim. Cada néfron possui dois componentes principais: um glomérulo (capilares glomerulares), através do qual grandes quantidades de líquidos são filtradas do sangue, e um longo túbulo no qual o líquido filtrado é convertido em urina no seu trajeto até a pelve renal.

    O sangue entra nos rins através da artéria renal, passam pelos glomérulos, onde grandes quantidades de líquidos e solutos são filtradas, dando início à formação da urina. O líquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e, a seguir, para o túbulo proximal, situado no córtex renal. A partir do túbulo proximal, o líquido flui para a alça de Henle, que mergulha na medula renal. Nesses túbulos o filtrado é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos de volta ao sangue ou pela secreção de outras substâncias dos capilares para os túbulos. Para cada substância existente no plasma, ocorre uma combinação particular de filtração, reabsorção e secreção.


     
     Todo paciente diabético deve realizar um teste, ao menos anual, para checar a ocorrência de perda de albumina na urina (microalbuminúria). O Diabetes é uma das maiores causas de doença renal com necessidade de diálise. O diagnóstico da doença não é complexo. O diabetes pode ser detectado por meio de testes simples que pesquisam a presença de açúcar na urina ou que avaliam a quantidade desta substância no sangue.

Juliana Baccaglini, estudante de medicina da UNINASSAU.

Referencias:
GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. 08- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed
http://www.scielo.br/pdf/abem/v47n3/16489.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000200002
http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-nefropatia-diabetica/
http://sbn.org.br/publico/doencas-comuns/diabetes-mellitus/
https://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/rim-e-diabete-melito

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