segunda-feira, 9 de maio de 2016

Colelitíase - Pedra na vesícula biliar


           A vesícula biliar é um órgão que fica abaixo do lado direito do fígado. Sua função é armazenar e concentrar a bile produzida pelo fígado e liberá-la durante a digestão no intestino (duodeno). Quando o alimento saí do estômago em direção ao intestino, a vesícula se contrai, expulsando a bile diretamente no duodeno através do ducto colédoco. A bile contém os chamados sais biliares, responsáveis por emulsionar as gorduras presentes no alimento, ou seja, consiste em transformar partes de gordura em partículas menores para facilitar o trabalho da lipase liberada pelo pâncreas, que irá quebrar essas partículas.
           A bile é também uma via de eliminação de alguns resíduos do organismo como o colesterol e a bilirrubina, e quando estes se agregam e associam a sais de cálcio, formam uma massa sólida, que aumenta de tamanho à medida que é banhada pelo líquido biliar, de modo semelhante ao que acontece quando se forma uma pérola no interior de uma ostra. Outra das causas para a formação de pedras é o mau funcionamento da vesícula biliar, com um esvaziamento lento ou incompleto durante a digestão.





http://i1.wp.com/diariodebiologia.com/wp-content/uploads/sites/4/2015/06/pedra-na-ves%C3%ADcula-anatomia-ves%C3%ADcula-biliar-desejos-de-beleza.jpg         
          De início, a colelitíase não apresenta sintomas, mas em casos mais intensificados, pode causar dor e dificuldade de digestão de gorduras. Essas pedras podem também obstruir o ducto calédoco, ocasionando colecistite (inflamação da vesícula biliar), pode da mesma forma bloquear o canal pancreático, gerando pancreatite (inflamação do pâncreas) e tudo isso tem como consequência febres e dores abdominais mais intensas. A colelitíase é inclusive um fator que origina câncer na vesícula.
            Na maioria dos casos de colelitíase é necessário remoção cirúrgica das pedras e da própria vesícula, e a pessoa que teve a sua retirada deverá ter uma alimentação saudável e evitar alimentos muito gordurosos pois a bile estará mais diluída e não será tão eficiente para auxiliar na digestão da gordura ingerida.
http://silviogabor.com.br/wp-content/uploads/2012/10/pedra-na-vesicula.jpg


Juliana Baccaglini, estudante de medicina da UNINASSAU.

Referências:
GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. 08- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed
Hart J, Modan B, Shani M. Cholelithiasis in the etiology of gallbladder neoplasm. Lancet, 1971, 1:1151-1153. 
Sumiyoshi K, Nagai E, Nakayama F. Patholgy of carcinoma of the gallbladder. World J Surg, 1991, 15: 315-321.
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/01/20/pedras-na-vesicula-litiase-biliar/
  
 

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