A vesícula biliar é um órgão que fica abaixo
do lado direito do fígado. Sua função é armazenar e concentrar a bile produzida
pelo fígado e liberá-la durante a digestão no intestino (duodeno). Quando o
alimento saí do estômago em direção ao intestino, a vesícula se contrai,
expulsando a bile diretamente no duodeno através do ducto colédoco. A bile
contém os chamados sais biliares, responsáveis por emulsionar as gorduras
presentes no alimento, ou seja, consiste em transformar partes de gordura
em partículas menores para facilitar o trabalho da lipase liberada pelo
pâncreas, que irá quebrar essas partículas.
A bile é também uma via de eliminação de alguns resíduos do organismo
como o colesterol e a bilirrubina, e quando estes se agregam e associam a sais
de cálcio, formam uma massa sólida, que aumenta de tamanho à medida que
é banhada pelo líquido biliar, de modo semelhante ao que acontece quando se
forma uma pérola no interior de uma ostra. Outra das causas para a formação de
pedras é o mau funcionamento da vesícula biliar, com um esvaziamento lento ou
incompleto durante a digestão.
http://i1.wp.com/diariodebiologia.com/wp-content/uploads/sites/4/2015/06/pedra-na-ves%C3%ADcula-anatomia-ves%C3%ADcula-biliar-desejos-de-beleza.jpg
De início, a
colelitíase não apresenta sintomas, mas em casos mais intensificados, pode
causar dor e dificuldade de digestão de gorduras. Essas pedras podem também
obstruir o ducto calédoco, ocasionando colecistite (inflamação da vesícula
biliar), pode da mesma forma bloquear o canal pancreático, gerando pancreatite
(inflamação do pâncreas) e tudo isso tem como consequência febres e dores
abdominais mais intensas. A colelitíase é inclusive um fator que origina câncer
na vesícula.
Na maioria dos casos de colelitíase
é necessário remoção cirúrgica das pedras e da própria vesícula, e a pessoa que
teve a sua retirada deverá ter uma alimentação saudável e evitar alimentos
muito gordurosos pois a bile estará mais diluída e não será tão eficiente para
auxiliar na digestão da gordura ingerida.
http://silviogabor.com.br/wp-content/uploads/2012/10/pedra-na-vesicula.jpg
Juliana Baccaglini, estudante de medicina da UNINASSAU.
Referências:
GUYTON,
A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. 08-
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed
Hart J, Modan B, Shani M. Cholelithiasis in the etiology of gallbladder
neoplasm. Lancet, 1971, 1:1151-1153.
Sumiyoshi K, Nagai E, Nakayama F. Patholgy of carcinoma of the gallbladder. World J Surg, 1991, 15: 315-321.
Sumiyoshi K, Nagai E, Nakayama F. Patholgy of carcinoma of the gallbladder. World J Surg, 1991, 15: 315-321.
https://hmsportugal.wordpress.com/2011/01/20/pedras-na-vesicula-litiase-biliar/
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