É
realmente fantástico como em muitas ocasiões, um aroma pode despertar varias sensações
como por exemplo quando sentimos o cheiro de alguma comida que gostamos, logo
salivamos e nosso corpo se prepara para se alimentar; ou quando sentimos um
perfume no ar, e ele nos faz lembrar de alguém
querido ou de uma situação marcante do passado, essas e outras sensações são
mediadas pelo sistema nervoso que transforma vários estímulos em impulsos elétricos
podendo percorrer por todo o corpo.
A importância do paladar reside no fato de que ele permite a um indivíduo selecionar substâncias específicas de acordo com os seus desejos e, frequentemente, de acordo com as necessidades metabólicas dos tecidos corpóreos. Já olfação, mais ainda que a gustação, tem a qualidade afetiva de ser agradável ou desagradável. Por isso, a olfação é, provavelmente, mais importante do que a gustação para a seleção de alimentos.
A importância do paladar reside no fato de que ele permite a um indivíduo selecionar substâncias específicas de acordo com os seus desejos e, frequentemente, de acordo com as necessidades metabólicas dos tecidos corpóreos. Já olfação, mais ainda que a gustação, tem a qualidade afetiva de ser agradável ou desagradável. Por isso, a olfação é, provavelmente, mais importante do que a gustação para a seleção de alimentos.
Ao se alimentar, além de obter partículas
químicas do alimento que estimulam as células nas papilas gustativas
localizadas na língua, durante a expiração, o fluxo de ar que passa pela
garganta capta moléculas odoríferas do alimento que está sendo mastigado e essas
moléculas estimulam também as células olfatórias.
As células olfatórias são neurônios
bipolares que possuem cílios nos dendritos e projetam o axônio para o bulbo olfatório
que interage diretamente com o sistema nervoso central, que contem o sistema
límbico, parte do cérebro responsável pela memória, sentimentos, reações
instintivas e reflexos.
A maioria dos estímulos da olfação e
da gustação se unem e ficam armazenados nesse sistema límbico, guardado na memória acompanhado
da emoção/sentimento que estamos vivenciando naquele momento. Quando voltamos a
sentir o mesmo cheiro, a memória afetiva é ativada, e a conexão entre o aroma e
a emoção correspondente torna-se perceptível. É por isso que, às vezes, somos
acometidos pela lembrança de uma situação passada na presença de determinados
odores, e é também por isso de muitos salivarem ao sentir o
cheiro de comida mesmo sem vê-la, e outros não suportarem o aroma de algum
tempero.
Juliana Baccaglini, estudante de medicina da UNINASSAU.
Referências:
Buck LB. Olfação e gustação: os sentidos químicos. In: Kandel ER, Schwartz JH. Princípios da neurociência. 4ª ed. Barueri: Manole; 2002. p.625-47.
Guyton AC, Hall, JE. Os sentidos químicos: gustação e olfação. In: Guyton AC, Hall, JE. Tratado de fisiologia médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam SA; 2002. p.570-7
Tortora GJ, Grabowski SR. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2005.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-48722011000300014
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