segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

SABE QUAL É O SEGREDO DA HIPERTROFIA MUSCULAR?

Virtualmente toda hipertrofia muscular resulta do aumento dos filamentos de actina e miosina de cada fibra muscular. Tais filamentos são proteínas que exercem o papel de contração nos músculos, por meio de estímulos elétricos por neurônios motores grandes que se originam a partir do tronco cerebral ou da medula espinhal. O número de fibras musculares ativadas por cada unidade motora varia entre os músculos.



Além disso, para potencializar os resultados e adquirir maiores medidas é imprescindível a realização de trabalho contra carga, durante o processo de contrátil. Dessa maneira, poucas e fortes contrações a cada dia são necessárias para causar uma hipertrofia significativa dentro de 6 a 10 semanas.

Junto com o aumento das fibras musculares, existe um exército celular que fornece energia para a execução da contração e consequentemente aumento da massa muscular. As principais fontes de energia são: a fosfocreatina, a qual transporta alta energia similar ao ATP; a glicólise, através da quebra do glicogênio armazenado nas células musculares e não menos importante o metabolismo oxidativo, ou seja, a combinação de oxigênio com os carboidratos, gorduras e proteínas.

Portanto, continuamente os músculos são remodelados para se ajustar as funções a que são requeridas. Sendo assim, através de exercício físico orientado por profissionais as fibras musculares estão sujeitas a alteração no seu diâmetro, comprimento, força, suprimentos vasculares e até mesmo o número de fibras musculares.




Por Jéssica Cordeiro, aluna de medicina UNINASSAU.

Imagens:

Referências bibliográficas
GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981. 08- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. TORTORA, Gerard J. Corpo Humano.Fundamentos de Anatomia e Fisiologia


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A memória guarda emoções


A nossa memória é um processo complexo de informações passadas através de diversos neurônios e por diferentes áreas do cérebro e diante de tantas informações que recebemos diariamente temos a certeza da eficiência desse órgão para armazená-las, ao ponto de, estando no nosso estado neurológico normal, nós conseguimos lembrar que para adoçar o café precisamos colocar açúcar e não sal ou farinha.  Existem vários tipos de memória e para cada uma delas utilizamos vias distintas do cérebro, entretanto pouco ainda se sabe sobre o ínterim dos processos fisiológicos relacionados a nossa memória. O que se sabe ao certo são as regiões cerebrais ativadas por cada tipo de memória.
Porém existe um fato ainda mais curioso, a capacidade de relacionarmos sentimentos negativos ou positivos para determinadas memórias. Um fato traumático recente como a perda de entes queridos, ao serem lembrados nos faz ter os mesmos sentimentos e sensações como se estivéssemos vivendo o momento novamente, mesmo que já tenha passado algum tempo. Isso ocorre, pois a memória do fato propriamente dita fica retida no hipocampo, região do cérebro e que faz parte do sistema límbico e ao ser acionada, também acionará a da memória das sensações que fica armazenada nas amígdalas e em uma área do córtex pré-frontal ainda pouco conhecida. 

      Fonte:http://www.institutonanocell.org.br/wp-content/uploads/2014/09/brilho-lembranca-ruim.png


 Diante disso podemos garantir que a memória guarda emoções. E para entender um pouco mais sobre memória deixamos dois vídeos de um dos maiores pesquisadores do mundo em fisiologia da memória Iván Izquierdo, nos explicando um pouco mais sobre a nossa memória

Rafaella Cardoso Gonzalez, estudante de medicina da UNINASSAU.

Referências:
 Guyton AC, Hall, JE. Os sentidos químicos: gustação e olfação. In: Guyton AC, Hall, JE. Tratado de fisiologia médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam SA; 2002. p.570-7
http://www.cerebromente.org.br/n04/opiniao/izquierdo.htm 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141989000200006

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

ÁCIDO FÓLICO E A SAÚDE DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL



          Um bom funcionamento do sistema nervoso durante a vida, estar diretamente ligado a sua formação ainda na fase embrionária. O tubo neural, que mais tarde dará origem ao sistema nervoso, tem o início de sua formação entre a quarta e a oitava semanas de gestação. Nessa fase níveis adequados de ácido fólico, vitamina do complexo B, tem papel fundamental na no fechamento completo desse tubo, e sua deficiência no organismo da gestante pode acarretar mal formações congênitas, como a espinha bífida e anencefalia.

FONTE:https://www.google.com.br/search?q=forma%C3%A7%C3%A3o+tubo+neural

             A anencefalia ocorre quando o fechamento da extremidade superior do tubo neural não se dá, resultando na ausência do cérebro. Estas gestações em geral resultam em aborto e aqueles nascidos vivos morrem poucas horas, ou dias, após o parto. Já a espinha bífida está relacionada com o fechamento incompleto da extremidade inferior do tubo neural, causando danos medulares significativos. Apesar da possível correção cirúrgica, a lesão nervosa é permanente e resulta em níveis diversos de paralisia dos membros inferiores, bexiga e intestino. Além do comprometimento físico, a maior parte dos indivíduos afetados também apresenta dificuldade de aprendizado.


FONTE:https://www.google.com.br/searchq=forma%C3%A7%C3%A3o+tubo+neural&biw=1366&bih=623&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa

          A Organização Mundial da Saúde e a sociedade médica sugere 0,4 miligrama por dia de ácido fólico para a prevenção de ocorrência dos defeitos do tubo neural. As mamães que já tiveram um filho com algum tipo de alteração do tubo neural merecem dose extra de ingestão dessa vitamina. Ela atua como coenzima no metabolismo de aminoácidos (glicina) e síntese de purinas e pirimidinas, síntese de ácido nucléico DNA e RNA e é vital para a divisão celular e síntese protéica. Consequentemente sua deficiência pode ocasionar alterações na síntese de DNA e alterações cromossômicas. Por vezes, só a alimentação não oferece a quantidade suficiente de ácido fólico que a mulher precisa ingerir diariamente, pois o cozimento dos alimentos diminui a ação da vitamina. Os médicos recomendam uma suplementação para que a dose recomendada de ácido fólico seja ingerida pela futura mamãe. Na dúvida consulte sempre seu médico!

FONTE:https://www.google.com.br/search?q=suplementa%C3%A7%C3%A3o+com+acido+folico&biw=

Juliana Couto, estudante de medicina da UNINASSAU.

Referências:
Santos LMP, Pereira MZ. Efeitos da fortificação com ácido fólico na redução dos defeitos do tubo neural. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(1):17-24, jan, 2007.
Guyton AC, Hall JE. Tratado de fisiologia médica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 478, 479.
http://www.planetabebe.com.br/df_tuboneural1.php.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Memória olfativa

            É realmente fantástico como em muitas ocasiões, um aroma pode despertar varias sensações como por exemplo quando sentimos o cheiro de alguma comida que gostamos, logo salivamos e nosso corpo se prepara para se alimentar; ou quando sentimos um perfume no ar,  e ele nos faz lembrar de alguém querido ou de uma situação marcante do passado, essas e outras sensações são mediadas pelo sistema nervoso que transforma vários estímulos em impulsos elétricos podendo percorrer por todo o corpo.
            A importância do paladar reside no fato de que ele permite a um indivíduo selecionar substâncias específicas de acordo com os seus desejos e, frequentemente, de acordo com as necessidades metabólicas dos tecidos corpóreos. Já olfação, mais ainda que a gustação, tem a qualidade afetiva de ser agradável ou desagradável. Por isso, a olfação é, provavelmente, mais importante do que a gustação para a seleção de alimentos.
            Ao se alimentar, além de obter partículas químicas do alimento que estimulam as células nas papilas gustativas localizadas na língua, durante a expiração, o fluxo de ar que passa pela garganta capta moléculas odoríferas do alimento que está sendo mastigado e essas moléculas estimulam também as células olfatórias.
            As células olfatórias são neurônios bipolares que possuem cílios nos dendritos e projetam o axônio para o bulbo olfatório que interage diretamente com o sistema nervoso central, que contem o sistema límbico, parte do cérebro responsável pela memória, sentimentos, reações instintivas e reflexos.     

            A maioria dos estímulos da olfação e da gustação se unem e ficam armazenados nesse sistema límbico, guardado na memória acompanhado da emoção/sentimento que estamos vivenciando naquele momento. Quando voltamos a sentir o mesmo cheiro, a memória afetiva é ativada, e a conexão entre o aroma e a emoção correspondente torna-se perceptível. É por isso que, às vezes, somos acometidos pela lembrança de uma situação passada na presença de determinados odores, e é também por isso de muitos salivarem ao sentir o cheiro de comida mesmo sem vê-la, e outros não suportarem o aroma de algum tempero.













Juliana Baccaglini, estudante de medicina da UNINASSAU.

Referências:
Buck LB. Olfação e gustação: os sentidos químicos. In: Kandel ER, Schwartz JH. Princípios da neurociência. 4ª ed. Barueri: Manole; 2002. p.625-47.  
Guyton AC, Hall, JE. Os sentidos químicos: gustação e olfação. In: Guyton AC, Hall, JE. Tratado de fisiologia médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam SA; 2002. p.570-7
Tortora GJ, Grabowski SR. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2005.  
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-48722011000300014

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

PARALISIA MISTERIOSA


A Síndrome de Guillain-Barré é uma condição rara de paralisia que ocorre após uma infecção viral ou uma imunização, e é considerada uma doença autoimune. Não existe cura, mas a doença usualmente resolve-se de modo espontâneo. As pessoas atingidas por esta síndrome não possuem sensações e não conseguem mover seus músculos.

Sendo assim, afeta tanto motoneurônios quanto os neurônios sensitivos, esses nervos enviam mensagens do cérebro para os músculos, instruindo-os a se moverem, e também levam sensações como a dor, prazer, gosto, para o cérebro. Tal doença costuma afetar mais frequentemente a bainha de mielina, lesão chamada de desmielinização e faz com que os sinais nervosos se propaguem mais lentamente.

Portanto, a mielinização dos axônios é imprescindível para a transmissão do impulso e funcionamento adequado sistema nervoso. Visto que, este sistema é responsável pelo comando, controle e manutenção dos demais sistemas fisiológicos, mantendo a constância do organismo.

Vamos entender um pouco desse complexo sistema...

O sistema nervoso é o centro de controle do nosso corpo, este possui uma rede de bilhões de células nervosas conectadas de um modo altamente organizado e rápido. As células nervosas, ou os neurônios, estão estruturados para transportar sinais elétricos de modo veloz ao longo de grandes distâncias.
Dessa maneira, este sistema recebe o estímulo, analisa e processa a informação, enviando ao cérebro e logo em seguida, executa uma ação em prol do organismo em milésimos de segundos.


A bainha de mielina é uma estrutura fundamental para a rapidez do sistema de transporte desses sinais elétricos, visto que ao envolverem os axônios permitem um comportamento saltatório do impulso nervoso. Porém, nas doenças desmielinizantes, a perda da mielina promove efeitos devastadores na sinalização neuronal.


 Jéssica Cordeiro, aluna de medicina UNINASSAU.

Referências: 
-GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2011.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Paralisia Cerebral

 O Sistema Nervoso é uma complexa rede de células nervosas que trabalham para o funcionamento do corpo com o meio, o neurônio é a sua célula principal, responsável pela transmissão do impulso nervoso. O Sistema Nervoso divide-se em Sistema Nervoso Centra – SNC (recebe, analisa e integra as informações do meio para em seguida tomar a decisão e enviar a ordem) e Sistema Nervoso Periférico – SNP (carrega as informações sensoriais do ambiente ate o SNC e deste para os órgãos efetores).
         O cérebro é o principal órgão desse complexo sistema e faz parte do SNC. Ele é responsável pela sensibilidade consciente, motilidade voluntária e inteligência. O seu funcionamento adequado depende dos demais sistemas do organismo e qualquer erro no seu suprimento energético resulta na perda de suas funções.
           Várias doenças podem surgir depois de alguma falha nessa integração dos sistemas com o cérebro, sejam problemas biológicos ou externos. Uma delas é a Paralisia Cerebral – PC definida como seqüela de uma agressão encefálica que se caracteriza por um transtorno do tônus, da postura e do movimento que aparece na primeira infância. Essas desordens motoras geralmente são acompanhadas por alterações na sensação, na percepção, na cognição e também na comunicação e comportamento
      Os portadores desta doença terão dificuldades na integração o SNC e SNP promovendo respostas inadequadas devido à inabilidade cerebral. Porém essas pessoas também possuem muitas habilidades e conseguem ser extremamente funcionais apesar de suas limitações.

   Portanto, para ilustrar e aguçar os estudos de todos, sugerimos uma animação que relata a história de Heloisa, uma criança com Paralisa Cerebral enfrentando os desafios de uma vida com algumas limitações, entretanto com inúmeras habilidades e capacidades quando estimuladas a isso.
https://vimeo.com/62175113

Rafaella Cardoso Gonzalez, estudante de medicina da UNINASSAU

Referências Bibliográficas:
Diament A. Encefalopatia crônica na infância (paralisia cerebral).
In: Diament A & Cypel A, editores. Neurologia Infantil. 3ª ed.
São Paulo: Atheneu; 1996. p.781-98.
Robertson C, Sauve RS, Christianson HE. Province-based study
of neurologic disability among survivors weighing 500 through
1249 grams at birth. Pediatrics 1994;93:636-40.
Rotta NT. Encefalopatia crônica da infância ou paralisia cerebral.
In: Porto CC. Semiologia Médica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2001. p.1276-8.