A função da respiração é essencial à vida e qualquer alteração nessa atividade gera desfunções que repercutem em todo o organismo. Ela pode
ser definida como uma troca de gases entre as células do organismo e a
atmosfera. Ela pode ser dividida em quatro etapas: ventilação pulmonar, que se
refere a entrada e saída de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares; difusão
de oxigênio e de dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue; transporte de
oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais, para e das
células; e regulação da ventilação e de outros aspectos da respiração. Existem inúmeras doenças que alteram essa função e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma delas. Mas compreender melhor esta disfunção é preciso entender um pouco sobre a mecânica respiratória.
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A expansão e a retração dos pulmões são os
processos que promovem a entrada e a saída de ar durante a ventilação pulmonar.
Essa é percebida através de dois
mecanismos: os movimentos do diafragma, para cima e para baixo, que fazem
variar o volume da caixa torácica e a elevação e o abaixamento das costelas que aumenta ou diminui o diâmetro
anteroposterior da caixa torácica. A movimentação da caixa torácica produz
variações na pressão das vias respiratória, logo, na inspiração, a pressão
dentro dos alvéolos diminui em relação à pressão atmosférica, isso faz o ar
penetrar através das vias respiratórias. Já na expiração normal, a pressão dentro
dos alvéolos se eleva fazendo o ar sair através das vias respiratórias.
Existem doenças que prejudicam esse mecanismo de
ventilação, e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC é uma delas. Existem
evidências de que ela acarreta prejuízos na mecânica pulmonar e na musculatura
periférica, através da obstrução brônquica que acarreta um deslocamento do
valor de pressão para as vias aéreas que não possuem cartilagens, favorecendo o
aprisionamento de ar. Cronicamente, este processo fisiopatológico tende a levar
à hiperinsuflação pulmonar, o que inicialmente reduzira a capacidade física
para grandes e pequenos esforços.
Existem várias definições, mas alguns aspectos são
relatados em quase todas as definições, logo, classicamente é apresentada como
uma redução crônica e progressiva do fluxo aéreo secundaria a uma resposta
inflamatória anormal dos pulmões devido à inalação de partículas ou gases tóxicos.
Essa inflamação produz alterações de intensidade variável nos brônquios
(bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e/ou parênquima
pulmonar (enfisema). Por acometer a função respiratória, a DPOC é acompanhada
de manifestações sistêmicas que tem repercussão importante sobre a qualidade de
vida e a sobrevida dos pacientes, por exemplo, a disfunção dos músculos
esqueléticos, o que contribui para a intolerância ao exercício.
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Para ilustrar e compreender melhor sobre o
assunto deixamos um vídeo explicando um pouco sobre essa doença que um dos
principais problemas de saúde do mundo, relacionado a função respiratória.
Rafaella Cardoso Gonzalez, estudante de medicina da UNINASSAU.
Referencias Bibliográficas
- CAVALCANTE, A G M; BRUIN, P F C. O papel do estresse oxidativo na
dpoc: conceitos atuais e perspectivas. J Bras Pneumol. 2009; 35(12): 1227 –
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Acesso em: 04 de abril de 2016
-- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.
- TREVISAN, M E.; PORTO, A S.; PINHEIRO, T M. Influência do
treinamento da musculatura respiratória e de membros inferiores no desempenho
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